Espiritismo diz: Jesus não é Deus – Parte 2 (Os Milagres de Cristo)

Nessa parte examinaremos como os milagres feitos por Jesus foram desclassificados como atos sobrenaturais divinos. Foram reduzidos a uma condição “normal” e explicável pelo Espiritismo.  Serão apresentadas algumas  objeções do livro Obras Póstumas (OP). Vamos notar que elas não tem fundamento algum.

“OS MILAGRES PROVAM A DIVINDADE DO CRISTO?” (OP, pag. 150, FEB)

Objeção 1: Divindade firmada pelos milagres

Lemos o seguinte: “Segundo a Igreja, a divindade do Cristo está firmada pelos milagres” (OP, pag. 150, grifo nosso).

Essa declaração está errada. Pois a deidade de Cristo está firmada não  apenas  pelos milagres, mas em Sua pessoa, vida e obra. Jesus apresentou todos os atributos que somente Deus pode ter (onisciência: Jo 2.24,25; 16.30; Mc 9.34,35; onipresença: Mt 18.20; 28.20; onipotência: Mt 28.18; Ap 1.8; 3.7 e etc).

Objeção 2: Imitação fraudulenta

O livro diz:  “Esta consideração pode ter tido certo peso numa época em que o maravilhoso era aceito sem exame; hoje, porém, que a Ciência levou suas investigações até às leis da Natureza, há mais incrédulos do que crentes nos milagres, para cujo descrédito não contribuíram pouco o abuso das imitações fraudulentas e a exploração que dessas imitações se há feito.” (OP, pag. 150, grifo nosso).

Embora a afirmação acima tente induzir o pensamento de que a Ciência tem levado as pessoas desacreditarem nos milagres não é isso o que vemos por aí. A população dos que acreditam ainda é maior  que a dos incrédulos.

E no meio científico há cientistas teístas e ateus. É uma afirmação sem sentido falar que a Ciência tem levado as pessoas à incredulidade. Através dela muitos tem se tornado cristãos como o ex-ateu Francis Collins, cientista e diretor do Projeto Genoma. Ele escreveu um livro chamado “A Linguagem de Deus”. Nessa obra ele mostra como deixou de ser ateu para se tornar um cristão!

Quanto às imitações fraudulentas, não se pode esquecer que o próprio Allan Kardec  falou sobre as fraudes espíritas! Relatou sobre o charlatanismo no Espiritismo. Isso nos mostra que existem pessoas que também agem de má fé dentro do Espiritismo, sendo assim, até ele está em descrédito!  Confira: Médiuns sonambulínicos que usam suas faculdades de modo lucrativo (O Livro dos Médiuns, nº 312);  Médiuns charlatães (LM, nº 314) e Médiuns  trapaceiros (LM, nº 317).

Objeção 3: Fé nos milagres foi destruída pelo mau uso

“A fé nos milagres foi destruída pelo próprio uso que deles fizeram, donde resultou que muitas pessoas consideram agora os do Evangelho como puramente lendários.” (OP, pag. 150).

Se formos usar o mesmo parâmetro a conclusão é mesma sobre Espiritismo. Se as comunicações mediúnicas sofrem interferências de ações trapaceiras  dos médiuns, como vimos na objeção 2, então a doutrina espírita  foi destruída pela própria declaração das fraudes que também acontecem em seu meio.

Objeção 4: Milagres não é exclusivo do Cristianismo

Outra consideração não menos grave é a de que os fatos milagrosos não constituem privilégio exclusivo da religião cristã. Não há, com efeito, religião alguma, idólatra ou pagã, que não tenha seus milagres tão maravilhosos e tão autênticos para os respectivos adeptos, quanto os do Cristianismo. E a Igreja se privou do direito de os contestar, desde que atribuiu às potências infernais o poder de os operar.” (OP, pag. 151).

De fato não acontece somente na religião cristã. Em outras crenças podem acontecer, mas não do jeito realizado por Jesus. Não tem comparação! Qual outra religião teve um líder que ressuscitou mortos? Qual outra fez o mesmo que Ele?

E existe também  uma grande diferença: a procedência. Nem o Espiritismo acredita que qualquer comunicação do além tem origem divina. Dizem que os maus espíritos podem se passar por bons espíritos e usar os nomes deles. Afirma também que é preciso ter cautela (O Livro dos Espíritos, Introdução, item 12, FEB).

No caso de Jesus ele  era Deus. Veio de Deus, o Pai. Portanto a origem de seus milagres estava baseada na sua autoridade como o Filho de Deus (Jo 10.25). Outra observação importante é que na escala do que aconteceu com Jesus não há igual. Mortos foram ressuscitados. Centenas de pessoas foram alimentadas pela multiplicação milagrosa dos pães e peixes e assim muitos outros milagres incomparáveis (Mt 12.22; Mt 15.32-39; Lc 7.11-15; Jo 9.1-7).

Objeção 5: Magnetismo e Espiritismo explicam os milagres:

“A possibilidade da maioria dos fatos que o Evangelho cita como operados por Jesus se acha hoje completamente demonstrada pelo Magnetismo e pelo Espiritismo, como fenômenos naturais. Pois que eles se produzem às nossas vistas, quer espontaneamente, quer quando provocados, nada há de anormal em que Jesus possuísse faculdades idênticas às dos nossos magnetizadores, curadores, sonâmbulos, videntes, médiuns, etc.” (OP, pag. 153, grifo nosso).

Como o magnetismo explica a multiplicação dos pães e peixes, como explica a ressurreição dos mortos? Se, como disse o codificador Kardec: “Pois que eles se produzem às nossas vistas” porque ele mesmo nunca multiplicou pães à vista de todos para alimentar  multidões de pessoas? Porque nunca ressuscitou os mortos? Porque não curou os leprosos? Ninguém nunca o viu demonstrar essas coisas, nem mesmo pelo magnetismo.

Quanto ao Espiritismo, como foi comprovado cientificamente a existência do perispírito? Do espírito? De quais elementos orgânicos são compostos? A ciência já detectou partículas pequeníssimas. O átomo, por exemplo, mede menos de um centésimo de bilionésimo de metro. Não seria difícil para a mesma ciência detectar os espíritos, os perispíritos e classificar-lhes os elementos de que são constituídos. Se são naturais isso pode ser feito sem problema algum, mas se não podem ser detectados materialmente entram  no campo do sobrenatural.

O curioso disso tudo é que Kardec disse que o Espiritismo não é da alçada da Ciência. Que os fenômenos espíritas não se investigam de forma material científica. Que tais fenômenos acontecem em exclusão às leis da humanidade (O Livro dos Espíritos, introdução, item 7). Sendo assim as contradições na própria Codificação não param. Vejamos:

a Ciência propriamente dita, é, pois, como Ciência, incompetente para se pronunciar na questão do Espiritismo: não tem que se ocupar com isso e qualquer que seja seu julgamento, favorável ou não, nenhum peso poderá ter. O Espiritismo é o resultado  de uma convicção pessoal, que os sábios, como indivíduos, podem adquirir, abstratação feita da qualidade de sábios. (...) Vedes que o Espiritismo não é da alçada da Ciência.” (LE, Introdução, item 7, FEB,  grifo nosso).
O contraditório disso tudo é que Kardec tentou invalidar os milagres de Jesus como sobrenaturais argumentando que a Ciência demonstrou que os milagres “são naturais”. Kardec apelou até para o magnetismo para explicá-los!

Porém, o próprio Kardec nunca conseguiu provar cientificamente que os milagres de Jesus foram naturais. Ele não usou o magnetismo para curar os cegos, multiplicar alimentos, ressuscitar mortos, andar em cima da água. Isso nos mostra que os milagres de Jesus não são explicados pela Ciência material. Eles são divinos, sobrenaturais.

Agora quando essa mesma Ciência não consegue também explicar os fenômenos espíritas, o codificador já muda o discurso: “O Espiritismo não é da alçada da Ciência”.  Ora, se o Espiritismo fosse tão natural poderia ser comprovado cientificamente, mas como não é  e  Kardec viu que não tinha como provar que sua crença era “cientifica” começou então a falar que o Espiritismo é uma convicção pessoal, não é da competência da Ciência.  O fato é que  ele ficou bem enrolado com suas contradições!

Objeção 6:  Milagres de Jesus devem ser riscados

“Importa, pois, se risquem os milagres do rol das provas sobre que se pretende fundar a divindade da pessoa do Cristo.” (OP, pag. 154).

Riscar os milagres? Repito. O próprio Espiritismo não consegue comprovar de forma científica suas crenças, como vimos na objeção 5, e como ainda queria que eles fossem riscados como prova da divindade de Cristo?

Kardec  disse que Jesus fazia a mesma coisa que os sonâmbulos, videntes, magnetizadores. Veja que afirmação mais ridícula! Alguém já viu um sonâmbulo andando por aí multiplicando pães? Ou um magnetizador ressuscitando mortos? Ou um vidente andando por cima da água? Nem Kardec fez nada do que Cristo fez. Se ele tivesse feito poderia até falar: “olha risquem os milagres, pois eu fiz o mesmo na presença de todos vocês através do magnetismo”, mas não há registro de que o codificador espírita tenha feito o mesmo que Jesus.

Portanto, declarações sem sentido como as que acabamos de ver é que devem ser riscadas, e  não os milagres feitos pelo Senhor Jesus Cristo!

Atualizado: Maio/2016

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2 comentários:

  1. Minha cara irmã, o Bom DEUS te acompanha, de modo que as minhas palavras quanto ao teu estudo são parcas- porventura desnecessárias, uma vez que pouco posso acrescentar ao que rediges.
    Contudo apraz-me concordar contigo quanto à exposição do assunto e objectivo de trazer à tona a verdade para que ao olhar, possamos abrir os olhos para a prudência e tomar conhecimento das astutas ciladas do inimigo e das filosofias errôneas de homens corruptos que enlaçam almas levando-as para a perdição.
    Graças a DEUS que ELE mesmo busca aqueles que o adoram em espírito eem verdade; pelo que o coração sincero é a base e o princípio para toda a sã doutrina. O sábio ouve, e o que procura a justiça conhece a voz de DEUS...
    A Paz, irmã
    +++
    ;)

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  2. O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espíritos quem era Deus e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurança: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.

    Não poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a idéia de uma fonte criadora e imortal. O estudo sobre o Senhor nos dá um ambiente de fé que corresponde, na sua feição mais pura, à vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligência acima de todas as inteligências humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mínimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de nós está igualmente no centro da nossa existência, porque Ele está em tudo, nada vive sem a Sua benfeitora presença.

    O Criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na mansão divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. Não existe injustiça em campo algum de vida, pois cada Espírito ou coisa se move no ambiente que a sua evolução comporta; daí resulta o porquê de devermos dar graças por tudo o que nos é colocado no caminho.

    É justo, entretanto, que nos lembremos do esforço individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcançarmos o melhor. Aquele que acha que tem fé em Deus, mas que vive envolvido em lugares de dúvida, com companheiros que não correspondem às suas aspirações de esperança, ainda carece da verdadeira fé, iluminada pela temperatura do amor. É a confiança que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas e, por vezes, vividas por nós.

    Estudemos a harmonia do Universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilíbrio divino, porque se entrarmos em plena ressonância com a Criação sanar-se-ão todos os problemas, serão desfeitas todas as dificuldades e todos os infortúnios cessarão. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, é que teremos a resposta mais exata sobre o que é Deus.

    Conhecer e Amar são duas metas que não poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d'alma abrir-nos-ão as portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno céu, mesmo estando andando e morando na Terra. A Suprema Inteligência está andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimensões do entendimento, porém, nós ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as conseqüências da nossa ignorância. Todavia, o intercâmbio entre os dois mundos acelera uma dinâmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreensão daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visível através das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertação das criaturas, mostrando onde está Deus e que é Deus, que nos espera, filhos do seu Coração, de braços abertos, como Pai de Amor.

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