Cuidado com a inflluência dos espíritos

Por Redação: Exame da Doutrina Espírita - Atualização Maio/2016


As Palavras de Jesus


No Evangelho de João capítulo 8.44, Jesus disse:


“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.


Em 2 Coríntios 11.14,15 lemos: “e não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito pois que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça: o fim dos quais será conforme a suas obras”.


O que leremos abaixo são situações que nos levam a crer que as sugestões descritas são manifestações demoníacas.

Na pergunta 526 em O Livro dos Espíritos, Kardec questionou se os espíritos poderiam quebrar uma escada para que um homem morresse para cumprir assim, o seu destino. A resposta foi:

“É exato que os Espíritos têm ação sobre a matéria,mas para cumprimento das leis da Natureza, não para as derrogar, fazendo que, em dado momento, ocorra um sucesso inesperado e em contrário àquelas leis. No exemplo que figuraste, a escada se quebrou porque se achava podre, ou por não ser bastante forte para suportar o peso de um homem. Se era destino daquele homem perecer de tal maneira, os espíritos lhe inspirariam a ideia de subir a escada em questão, que teria de quebrar-se com o seu peso, resultando-lhe daí a morte por um efeito natural e sem que para isso fosse mister a produção de um milagre.”(grifo nosso).

Agora imaginemos que a pessoa teria sido influenciado por espíritos a subir uma escada podre para que ela se quebrasse para ele morrer.

Outra questão igualmente curiosa se segue:

O codificador usou outro exemplo: “Um homem tem que morrer fulminado pelo raio. Refugia-se debaixo de uma árvore. Estala o raio e o mata. Poderá dar-se tenham sido os Espíritos que provocaram a produção do raio e que o dirigiram para o homem?”

“Dá-se o mesmo que anteriormente. O raio caiu sobre aquela árvore em tal momento, porque estava nas leis da Natureza que assim acontecesse. Não foi encaminhado para
a árvore, por se achar debaixo dela o homem. A este, sim, foi inspirada a idéia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre a qual cairia o raio, porquanto a árvore não deixaria de ser atingida, só por não lhe estar debaixo da fronde o homem.” (LE, nº 527, grifo nosso).


O problema:

O problema disso tudo, é que Kardec deixou bem claro que os espíritos influenciam muito o pensamento de todos (LE, nº 459). E que até nas comunicações mediúnicas é difícil saber identificar os espíritos, pois uns podem usurpar o nome de outros e se passar por eles.

Quem pode, pois,a afirmar que os que dizem ter sido, por exemplo, Sócrates, Júlio César, Carlos Magno, Fénelon, Napoleão, Washington, etc., tenham realmente animado essas personagens? Esta dúvida existe mesmo entre alguns adeptos fervorosos da Doutrina Espírita, os quais admitem a intervenção e a manifestação dos espíritos, mas inquirem como se lhes pode comprovar a identidade. Semelhante prova é, de fato, bem difícil de produzir-se. Conquanto, porém, não o possa ser de modo tão autentico  como por uma certidão de registro civil, pode-o ao menos por presunção, segundo certos indícios.” (LE, introdução, item 12, grifo nosso).

Afinal de contas, quem é quem? Como saber a procedência deles?

Lemos na questão 464:  Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de um Espírito mau?

“Estudai o caso. Os bons Espíritos só para o bem aconselham. Compete-vos discernir.” (grifo nosso).

Perguntamos: Morrer fulminado por um raio é um bom conselho? Morrer ao subir uma escada podre e ela se quebrar com o peso do indivíduo é uma boa sugestão?

Agora, analisemos: Se nem os médiuns sabem qual é a origem dos espíritos que se comunicam  com eles, como uma pessoa  pode saber se uma inspiração para correr para debaixo de uma árvore com a finalidade (que não está clara para o infeliz que foi buscar abrigo) de morrer estalado por um raio pode ser de um espírito bom ou ruim? No exemplo citado será que ele teria tempo de estudar o caso?

Na questão 526 diz: “SE era destino do homem morrer dessa forma”. Se? Mas e se não for? Quem garante? Com isso vemos que essas inspirações do além são perigosas.

Conclusão:



Jesus deixou claro que o Diabo é o pai da mentira, o apóstolo Paulo diz que  Satanás se transforma em anjo de luz e seus ministros em ministros da bondade. A finalidade é enganar as pessoas desavisadas para que elas acreditem que existe um mundo espiritual o qual poderá ir e vir inúmeras vezes para progredir. Só que a Bíblia nos diz que “ao homem é dado o direito de morrer uma só vez vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9.27). O perigo desses espíritos mencionados nas questões 526 e 527 de O Livro dos Espíritos é que uma pessoa pode achar que está recebendo uma influência do bem, quando na realidade estará sendo do mal. 


Se passar pela cabeça de uma pessoa ir buscar abrigo debaixo de uma árvore ou subir uma escada, obviamente não terá na mente a ideia de morrer debaixo da árvore ou ao subir a escada num ato suicida! 
Quem, em sã consciência se soubesse disso com antecedência iria se submeter subir uma escada para a morte? Com isso vemos que essas inspirações do além são totalmente perigosas. 


Jesus descreveu o Diabo como aquele espírito que tem o instinto maligno de causar mortes. É preciso estar alerta, leia novamente o que Cristo falou:


“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.

Disse Jesus: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João 8.32




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O trabalho Cuidado com a influência dos espíritos de Discípula de Cristo foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

7 comentários:

  1. E Jesus falou que o diabo foi homicida desde o principio, e não se firmou na verdade, e quando fala mentira fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira, João 8.44. Nos diz a Palavra de Deus que o satanás se transforma e anjo de luz e seus ministros em ministros da bondade, 2 Co 11.13,14.

    SENDO Assim, as escrituras corroboram com o que diz a Doutrina Espírita. Como distinguirmos o bem do mal? O espírito benigno do maligno? Se ambos os lados apresentam-se como anjos de luz?

    O espiritista estuda os Espíritos e suas relações com o mundo material. A existência de tais seres da criação em nenhuma escritura é negada e Paulo na sua sabedoria aconselhou e corroborou sua existência _" Não acreiteis em todos espíritos mas ante vide se vêm de Deus."

    Uma coisa é certa: Espíritos existem. uns bons e outros maus e ambos se comunicam com os homens. Não há contestação sobre isto em nenhuma escritura.
    A Doutrina Espírita apenas codificou os melhores entendimentos sobre os dois mundos: material e o espiritual, bem como a relação entre eles e seus habitantes. Não vejo nenhuma outra Doutrina especializada nisto, à luz do Evangelho de Jesus.

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  2. Olá, seja bem vindo(a), graça e paz,

    Quanto à passagem de João 8.44 e 2 Co 11.13,14 vc está corretíssimo(a). Vemos que satanás e os seus anjos podem atuar de forma maligna se passando por aquilo que não são: “anjo de luz e ministros da bondade”, mas tudo isso com o propósito de enganar as pessoas.

    A questão é o “ponto de partida”. No Espiritismo tais seres são “espíritos desencarnados” humanos ou não (seres de outros planetas).

    Nas Escrituras Bíblicas tais seres são anjos caídos que se rebelaram contra Deus. Eles não são “espíritos humanos desencarnados”. Eles foram criados no estado angelical e depois se desviaram. É aí que está toda a diferença.

    O apóstolo Paulo fala desses seres sim, mas em momento algum fala que são espíritos de homens e mulheres que viveram nessa terra, morreram e voltaram apenas como espíritos para se comunicarem com os vivos que aqui ficaram!

    Espíritos de fato existem, mas a Bíblia ensina essa doutrina de maneira muito diferente da forma como é ensinada pelo Espiritismo. Dessa forma, as Escrituras da Bíblia não corroboram a doutrina espírita, pois ela não ensina que um espírito de um morto pode voltar para se comunicar com os vivos.

    O problema é que quando um espiritualista/ espírita lê a palavra “espírito” faz uma releitura dessa palavra tendo como base o ensinamento espírita e não o bíblico. O correto é estudar o que a Bíblia fala sobre o “espírito” para que determinadas passagens possam ser entendidas à luz dela (Bíblia) mesma.

    Essa sua postagem foi interessante! Me deu até uma ideia. Vou criar um tópico falando sobre Alma e Espírito à luz da Bíblia para vermos o que ela diz sobre esse assunto.

    Obrigada pela participação e espero que volte,

    Abraços fraternos,

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  3. Os Espíritos têm ação sobre a matéria, quando há conveniência. Deus sabe e ensinou aos Seus filhos maiores a dominar todas as coisas, e a própria matéria é obediente aos Seus comandos
    Em todos os acontecimentos em favor do cumprimento da lei, quando os homens passam por certas penas, certamente que os Espíritos encarregados de tais fenômenos estão operando, direta ou indiretamente, porque somente eles entendem o que deve ser.

    Mas é bom que se conheça o valor de um justo, como se refere a Bíblia Sagrada, no caso de Sodoma e Gomorra. Os anjos pediram à família de Ló para sair da cidade, que iria ser destruída por eles. As paixões ali, naquelas cidades, passaram dos limites e a prova chegou para a população, ficando livre o justo, pela justiça de Deus.

    A lei de Deus é rigorosa. A vontade dele se cumpre em todo o universo, mas traz às criaturas lições imortais de vida e de paz. Se um raio tem de cair em uma árvore, como nos informa "O Livro dos Espíritos", e alguém tem marcado no seu destino morrer por um raio, ele é encaminhado para debaixo dessa árvore, pelos canais dos pensamentos, no impulso dos senhores do carma para que tal aconteça. No entanto, esse encaminhamento é feito sem ódio, nem vingança, em plena naturalidade, como se o encarnado tivesse feito a escolha pelo seu livre arbítrio.

    Assim são os milhões de acontecimentos que sucedem no mundo inteiro; no fundo, são processos de despertamento das criaturas de Deus. Devemos estudar mais as leis do Senhor e delas tirar todas as respostas para o que, por vezes, nos inquietamos em saber. Somente a maturidade nos informa os segredos da natureza.

    Os guias espirituais podem investir na criatura, aliviando seu fardo e suavizando o jugo da lei, pelos trabalhos que realizam em favor da coletividade e em seu próprio benefício. Se tem de cair no estudante um raio de infortúnios, como duras provas a passar, ele pode aliviar o compromisso e somente uma faísca cair nos seus caminhos, desde quando enfrente os problemas, recolhendo lições nos próprios infortúnios. Quando dizemos que a solução dos problemas está dentro de cada ser, é porque o Evangelho também o afirma.

    Anotemos, para maior esclarecimento, as palavras de João: Disseram-lhe os discípulos:

    Mestre, ainda agora os Judeus procuraram apedrejar-te e voltas para lá? (João, 11:8)

    Jesus voltou para lá, por ser conhecedor das leis de Deus, sabendo o Mestre que quem ofende é ignorante e está buscando alguma coisa para o coração, desconhecendo o amor. Ele voltou para junto dos apedrejadores para lhes ensinar a amar, solucionando com suavidade o problema. O Mestre procurou, e ainda procura, os novos fariseus, admoestando-os acerca da verdadeira fraternidade, sofrendo todas as conseqüências, mas, deixa-lhes as lições de modo a impregnar as consciências, de sorte a acordá-las. Temos destinos e leis que têm o poder de dirigir a vida e modificar os roteiros; isso nos dá esperança e valoriza os nossos esforços.

    Tem boa vontade de melhorar e esforça-te para tal, que os Espíritos de luz aproximar-se-ão do teu coração, danto-te conselhos e transmitindo recados pelas vias da intuição, buscando te ajudar a te livrares de todos os males. No entanto, se cruzares os braços diante do teu despertamento, atrairás Espíritos que também cruzam os braços diante de seu estado, e deixarás livres os caminhos para os senhores do carma operarem teu destino, recebendo o que mereces por justiça divina. Esforça-te, que muita coisa pode ser mudada, e a paz ficará mais próxima do teu coração.

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  4. Bom dia,

    Obrigada pela participação. Amigo (a) leia o artigo com calma para entender o que está sendo dito.


    Abraços fraternos

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  5. meu Deus do céu , esses espiritas acreditam mesmo nisso?????

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  6. AVISO AOS DESAVISADOS: estudem toda a obra espírita e não se apeguem somente as partes do Livro dos Espíritos que a detentora do blog usa para criticar o espiritismo. Acrescento texto do LIVRO DOS MÉDIUNS - TÓPICO 263, PÁGINA 383 que explica claramente os cuidados e as referências necessárias para identificar os espíritos que se comunicam através dos médiuns, nada muito diferente do que usamos para identificar um estudioso de um aventureiro ou mesmo um ignorante em determinado assunto - "263. Já dissemos que os Espíritos devem ser julgados, como os homens, pela linguagem de que usam. Suponhamos que um homem receba vinte cartas de pessoas que lhe são desconhecidas; pelo estilo, pelas ideias, por uma imensidade de indícios, enfim, verificará se aquelas pessoas são instruídas ou ignorantes, polidas ou mal-educadas, superficiais, profundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, sentimentais, etc. Assim, também, com os Espíritos. Devemos considerá-los correspondentes que nunca vimos e procurar conhecer o que pensaríamos do saber e do caráter de um homem que dissesse ou escrevesse tais coisas. Pode estabelecer-se como regra invariável e sem exceção que — a linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado. Os Espíritos realmente superiores não só dizem unicamente coisas boas, como também as dizem em termos isentos, de modo absoluto, de toda trivialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se uma única expressão denotando baixeza as macula, isto constitui um sinal indubitável de inferioridade; com mais forte razão, se o conjunto do ditado fere as conveniências pela sua grosseria. A linguagem revela sempre a sua procedência, quer pelos pensamentos que exprime, quer pela forma, e, ainda mesmo que algum Espírito queira iludir-nos sobre a sua pretensa superioridade, bastará conversemos algum tempo com ele para a apreciarmos."

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    1. Olá, esse artigo está muito claro! E não ha´intenção alguma de distorcer para criticar, mas sim analisar o que se é ensinado pela doutrina espírita.
      .
      Obrigada pela particpação

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